Texto elaborado pela equipe da Corrdenação Pedagógica.
Penalva é um dos municípios pertencentes à baixada
maranhense. De acordo com o Senso de 2008 tem população estimada em mais de
34.000 habitantes e limita-se com os municípios de Viana, Cajari, Pedro do
Rosário e Pindaré.
Uma das vertentes da história de Penalva do
Maranhão remonta aos anos de 1853/1854, quando patriarcas das famílias “Sá” e
“Marques”, idealistas e realizadores, da homônima Penalva do Castelo, em
Portugal, planejaram sua mudança para o Brasil, mais especificamente para a
Baixada Maranhense, onde já sabiam existir uma cidade chamada Viana, fundada
por patrícios de Viana do Castelo, também em Portugal. Chegando
a estas terras em janeiro de 1854, acompanhados por escravos comprados e logo alforriados
por Pompeu Marques. Chegaram à uma determinada localidade que denominaram São
Brás, porque consultando o calendário verificaram que o dia coincidia com o do
santo. Do acampamento que ergueram nessa localidade, algum tempo depois,
rumaram para o oeste chegando ao Lago Cajari, nascente do rio de mesmo nome,
onde fundaram um primeiro núcleo habitacional ao qual deram o nome de
“Freguesia de São José de Penalva”, em homenagem a sua terra natal, Penalva do
Castelo, e ao seu santo de devoção, São José. Um desses ilustres filhos das
famílias pioneiras foi José da Serra Marques, que idealizou, traçou e realizou,
com a preciosa ajuda dos afrodescendentes para cá trazidos, o plano urbanístico
da cidade, que tanto orgulha os penalvenses, por suas ruas largas e quadras
perfeitas. Essa pequena Freguesia, que passou a se chamar Vila de São José de
Penalva e depois apenas Vila de Penalva, constituiu, portanto, sem sombra de
dúvida, o embrião da atual cidade e município de Penalva.
Outra vertente defendida por Barros (1985, p.19) é que “a origem da Vila
de São José de Penalva, [...] ‘é um antigo aldeamento de índios Gamelas’, que se
instalaram ao longo dos lagos Cajari [...] Capivari e adjacências.” relata ainda
que “atribui-se à ação evangelizadora dos padres da Companhia de Jesus, [...],
a penetração inicial em terras da Vila de Penalva, [...]”.
Ainda segundo Barros (Ibid, p.20) A 18 léguas da Capital do Estado do
Maranhão ficava a aldeia de Maracu, que pertenceu aos jesuítas no tempo em que
foi proclamada a liberdade dos índios, através de uma lei datada de 6 de junho
de 1753 . Essa aldeia de Maracu era vizinha à Vila de Nossa Senhora da
Conceição de Viana, criada a 08 de junho de 1757, pelo governador da Capitania,
Gonçalo Pereira Lobato de Sousa, [...].
Barros (Ibid. p.26) destaca que o pequeno povoado de denominação São
Brás, [...], foi o marco inicial da cidade de Penalva. Integrava a Freguesia de
Nossa Senhora da Conceição de Viana que, por força da Lei 510, de 27 de julho
de 1858, foi dividida com a criação da Freguesia de São José de Penalva.
Viana fora elevada à categoria de cidade em 30 de junho de 1855, pela
Lei Provincial nº 377, compunha-se das Freguesias de Nossa Senhora da Conceição
de Viana, de São Francisco Xavier de Monção e São José de Penalva. (p.20)
Barros (Ibid. p.32) cita que “[...] é a Freguesia de São José de Penalva
elevada à categoria de vila, através da Lei 955, de 21 de junho de 1871,
[...]”.
Barros (1985, p.43)aponta que em 1915, no governo de Herculano Parga,
Penalva obteve sua emancipação política completando, portanto, no próximo ano
de 2015, 100 anos da referida emancipação.
Referências:
BARROS,
Carlos Alberto de Sá. Elementos para a
Reconstituição Histórica de Penalva. São Luís: [Sd.], 1985.
MARTINS, Adonae Marques. A Verdadeira História da Fundação de Penalva.
Romance em fase final de elaboração.
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